No dia 10 de abril, o Portal de Educação promoveu mais um bate-papo online com Eduardo Brito, Gerente de Investimentos da TELOS. Durante uma hora, Participantes e Assistidos tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a troca de Perfil de Investimentos no PCV-I


Verifique como foi o Ponto de Encontro!

PARTICIPANTE: o investimento em renda variável continuará sendo vantajoso como nos últimos meses? O que você me aconselharia?
Eduardo Brito: o cenário, tanto interno quanto externo, inspiram cautela. Muitos fatores de risco. Na esfera global, o maior risco é uma possibilidade de uma guerra comercial. No Brasil, o risco principal são as eleições. Ou seja, mesmo que a bolsa tenha uma performance positiva nos próximos meses, a volatilidade será muito alta. Sendo assim, a relação Risco x Retorno não é maravilhosa, e, dependendo do Perfil de risco do Participante, pode não ser a melhor escolha. Sabemos que o CDI está em patamar muito baixo, o que faz com que o investidor corra mais risco. Mas esse risco tem que ser muito bem calculado.

Participante: hoje tenho aplicado 70% Fundo Telos RF Baixo Risco II (BB DTVM), 15% Telos RF Médio Risco (J. Safra Asset Management) e 15% Telos Médio Risco Longo Prazo. Estou sacando 0,6% ao mês, estou preocupado pois a tendência é o meu saldo ir diminuindo, o que você sugere? Não posso mexer no saque.
Eduardo Brito: a sua alocação está bem diversificada. Aparentemente trata-se de um Perfil bastante conservador. Se o participante tolera um pouco mais de risco, um aumento suave nos fundos de Médio Risco pode ser uma boa opção.

Participante: por qual motivo o Telos RF Baixo Risco está com um comportamento diferente de outros meses a partir de abril? No dia 4 de abril, bateu 23,71% CDI e 6 de abril 77,52% CDI.
Eduardo Brito: eu disse acima que os mercados estão bastante voláteis, e sendo assim, variações como essas serão frequentes. Mas o que importa é que em janelas maiores, tal como 1 mês, o fundo tem mantido performance satisfatória, batendo suas metas de rentabilidade. Reforço que a TELOS mantém controle diário e intradiário de todos os investimentos. O Participante pode ficar tranquilo, pois oscilações como essas não estão infringindo o regulamento do fundo e/ou o mandato do gestor.  

Participante: hoje meus investimentos são: 60% em Renda Variável e 40% em Médio Risco. De acordo com sua resposta, eu diminuindo a renda variável para 30% e aumentando o médio para 70%, conseguiria manter um quadro mais moderado?
Eduardo Brito: certamente, seu Perfil ficaria mais moderado. Mas depende da sua tolerância para risco, e também da sua idade. O ideal é que não fiquemos “mexendo” demais nas alocações sob o risco de que fatores de curto prazo interfiram em alocações que visam o longo prazo.

Participante: estou atualmente em 50% Baixo Risco, 45% Médio Risco e 5% Alto Risco. Pensando em mudar para 30% Baixo Risco, 65% Médio Risco e 5% Alto Risco. Seria arriscar muito no cenário de eleições?
Eduardo Brito: acabei respondendo parte da sua pergunta. Uma vez que um fator de curto prazo (eleições) estaria influenciando uma decisão de longo prazo. Muito complicado afirmarmos alguma coisa. Vem um bom candidato e as coisas melhoram, e vice-versa. Não sei se devemos fazer movimentos bruscos visando se beneficiar desses eventos. Sua alocação me soou conservadora e bem interessante.

Participante: por qual motivo as mudanças de investimentos passaram agora para cada 6 meses?
Eduardo Brito: a oportunidade de revisão de perfil, caso seja de interesse do Participante alterar as opções anteriores, acontece agora a cada 6 meses para atender uma demanda dos próprios participantes. No nosso Calendário de Eventos Anual é possível verificar os períodos em que as opções podem ser realizadas.

Participante: tenho minhas alocações em 95% em Renda Fixa Médio Risco e 5% em Renda Variável. Seria oportuno alterar a Renda Variável para 10% ou é melhor deixar como está?
Eduardo Brito: muito complicado sugerir algo sem conhecer a idade e o Perfil do Participante. No entanto, se os 5% o faz ficar tranquilo, um aumento pode ser interessante. Mas, se os 5% já o deixa nervoso, ou a ideia de aumentar passa pelo fato de que “a bolsa tem subido”, talvez não seja a melhor escolha.

Participante: estou tranquilo com os 5%. Tenho 63 anos.
Eduardo Brito: realmente, a decisão é bem pessoal. Caberia 5% ou 10%. Pelo momento, e os riscos, talvez valha manter os 5%. Opinião pessoal baseado nas informações que você me passou agora.

Participante: o Médio Risco tem apresentado melhor resultado que o Baixo Risco há um bom tempo, mesmo nos períodos em que a Bolsa não estava tão interessante. Nesse mês, por exemplo, com a Bolsa em baixa, seu desempenho continua melhor. É uma boa opção aumentar o percentual de Médio Risco contra o Baixo Risco?
Eduardo Brito: os fundos de Médio Risco são boas opções de aumentar o risco sim! Sem alocar em Renda Variável.

Participante: quem tem apresentado melhor desempenho no Baixo Risco? Western Asset Management ou BB DTVM?
Eduardo Brito: a Western Asset Management tem performado melhor que o BB DTVM. No entanto, lembro mais uma vez que, a performance não é estática. Rentabilidade presente não é garantia de rentabilidade futura.

Participante: o que devemos esperar da Renda Variável este ano? Mediante a tantos acontecimentos consideráveis no mercado financeiro envolvendo o Brasil e o mundo.
Eduardo Brito: havia comentado a pouco que o cenário macroeconômico, seja interno ou externo, inspira cautela. Os ativos já não estão uma pechincha para um cenário tão incerto e volátil. Por isso, acho que posição cautelosa é a melhor saída hoje. Pode ser que os temores de guerra comercial entre EUA e China se dissipem, que um candidato pró-mercado vença as eleições no brasil, e tudo de bom aconteça. A bolsa vai subir, mas é esperada muita volatilidade. Ou seja, uma relação Risco x Retorno que não é maravilhosa. Tem que alocar em bolsa, mas nada diferente que faríamos em outros tempos e olhando para o longo prazo.

Participante: o prazo de mudança de investimentos permanecerá nos 6 meses daqui para frente ou voltará como antes (que considero melhor para todos)? Tínhamos opção de mudanças a cada 4 meses. Eduardo Brito: o prazo para manifestação de perfil, caso seja de interesse do Participante, era anual e passou para semestral. Não temos previsão para novas alterações nessas “janelas”. Sempre foi anual, mas de 3 anos para cá, passou para semestral. Mas acredito que 6 meses já seja um período bastante curto. Eu, pelos motivos que elenquei acima, de que não podemos deixar fatores de curto prazo influenciarem decisões de longo prazo, acredito que anual seria o ideal. No entanto, para atender as demandas dos Participantes, alteramos o período de escolha para semestral.

Participante: ainda teremos outro encontro antes do prazo de alterações?
Eduardo Brito: não teremos outro chat, no entanto, tanto a TELOS quanto os gestores estão respondendo às perguntas dos participantes. Além, obviamente, da Central de Atendimento TELOS, que sempre está à disposição para atendê-los.

A escolha de Perfil requer cautela e alertamos que a rentabilidade passada não garante desempenho futuro.